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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Blumenauense assume baixo do Abraskadabra

Felipinho estreou no baixo do Abraskadabra em dezembro de 2021. (Foto: Antonovas)

O Abraskadabra lançou o álbum “Make Yourself At Home” em 2021. A banda de ska punk de Curitiba, que tem conquistado espaço nos Estados Unidos, também anunciou mudança na formação. O novo baixista, Felipe Andrade de Melo, contou ao repórter Kunimund Krönke Junior como ele, um fã, virou integrante fixo.

Conhecido na cena punk/hardcore de Blumenau porque foi vocalista, guitarrista e trombonista da Boneless, Felipinho ouviu falar sobre o Abraskadabra pela primeira vez em 2008, quando os curitibanos abriram para o Goldfinger. No ano seguinte, o catarinense e um amigo compraram ingressos para o Less Than Jake com baterista da banda brasileira de ska punk, Maka, que os levou para ver a passagem de som nos bastidores. A partir daí, o futuro baixista foi a todos os shows possíveis do Abraskadabra na capital paranaense, no Médio Vale e na Foz do Rio Itajaí. (Assista ao vídeo abaixo.)


Novo baixista lembra como conheceu o Abraskadabra. (6:32)


Em 2013, a banda curitibana fez o primeiro show em Blumenau. Por coincidência, a Boneless abriu e Felipinho foi reconhecido por integrantes do Abraskadabra, que, segundo ele, “piraram” e quiseram levar a banda daqui para tocar no Paraná. A dobradinha acabou se repetindo várias vezes nas duas cidades, fazendo o fã e os ídolos virarem amigos fora dos palcos.

Seis anos depois, Felipinho foi convidado para substituir o trombonista Mamão, que passaria um ano na Europa. “Procuravam alguém com a mesma mentalidade deles e eu já ia praticamente em quase todos os shows. Que diferença ia fazer? Era só subir no palco e tocar”, conta o blumenauense, que admite que aceitou sem pensar como conciliaria o Abraskadabra e a rotina de advogado. “Não ia deixar meu sonho de lado por qualquer coisa.” (Assista ao vídeo abaixo)


O esforço para aprender as músicas do Abraskadabra no trombone. (8:26)

A experiência foi interrompida por causa da pandemia. “Tinham vários shows ainda pra fazer em 2020”, lembra Du, guitarrista e vocalista do grupo de ska punk curitibano. Mamão voltou ao Brasil antes do previsto, mas a banda gostou do entrosamento e queria que Felipinho ficasse. De acordo com ele, colaborou na revisão de letras de músicas, conteúdo do site, etc até o baixista, Japa, sair do Abraskadabra depois da gravação de “Make Yourself At Home” e da produção do material de divulgação. “A gente tava sem saber quem chamar porque é muito importante que tenha uma amizade principalmente, pra gente se dar bem, por respeito mútuo e tudo mais”, considera Du. “Mesmo não sabendo se ele aceitaria, decidimos convidar o Pera [apelido dado pelos curitibanos] pra tocar baixo com a gente. Por coincidência, ele tava pensando bastante em tocar baixo”, revela o paranaense.

Felipinho cantou, tocou guitarra e trombone na Boneless,
que acabou em 2015. (Foto: Byanca Mariah/Don Pub)

“Com o trombone, era uma trabalheira e todo show eu não sabia se ia conseguir tocar. Ficava nervoso. No baixo, não. Achava que daria pra ficar lá no cantinho, que seria mais de boa”, brinca Felipe. “Me surpreendi. Pensava que baixo seria fácil pra caralho. Trombone que era foda. Me passaram as músicas, toco na boa, aprendi, mas achei que fosse mais tranquilinho. Baixo é trabalhado!”, admite o novo integrante do Abraskadabra, simulando acordes em um instrumento imaginário. “Fora do escritório, tenho mais liberdade [para viajar com a banda] e não preciso sair para ensaiar sozinho. Posso tocar baixo em casa”, comemora o blumenauense.

Felipinho estreou em dezembro de 2021, no primeiro show da banda depois do inicio da pandemia. “Pode soar meio clichê, mas assumir o baixo do Abraskadabra é a realização de um sonho. Comecei a tocar violão e a cantar quando era pequeno, me apaixonei por aquilo e queria ter uma banda de ska. Tanto que com 13 anos eu comprei um trombone em Blumenau pra tocar algo que não era música alemã. Ninguém entendia”, conta. O interesse pelo estilo jamaicano surgiu aos cinco anos de idade por causa da trilha sonora de Tony Hawk’s Pro Skater. Para tocar essas músicas, Felipe e mais três garotos formaram a Boneless em 2012, que acabou três anos depois. O quarteto chegou a abrir um show do Dead Fish. “O Abraskadabra é uma banda com pessoas que eu gosto muito e sou fã”, diz o baixista, contente.

Ska punk “made in Brazil”

O Abraskadabra começou em 2003 e já participou de diversos festivais no Brasil e no exterior ao lado de nomes como Garage Fuzz, Dead Fish, Raimundos, Flogging Molly, Streetlight Manifesto, Reel Big Fish, Goldfinger, Less Than Jake e Bad Religion. Fora do país, os curitibanos têm chamado atenção desde a primeira turnê nos Estados Unidos em 2014, para onde voltaram em 2018. A banda também já tocou no Reino Unido, no Japão (ambos em 2019) e este ano estará no Punk Rock Holiday, na Eslovênia.

As passagens pela América do Norte renderam uma parceria com o selo estadunidense Bad Time Records, especializado em ska punk e que trabalha com principais nomes do estilo na Terra do Tio Sam. Além de “Make Yourself At Home”, fazem parte da discografia do Abraskadabra mais dois álbuns e três EPs, todos disponíveis em plataformas de streaming de música. 


Du fala sobre novo álbum do Abraskadabra (3:50)


Os curitibanos foram anunciados como uma das atrações do Ahoy no primeiro semestre de 2022. “Mesmo antes de eu entrar, sempre comentaram o quanto gostam dos shows em Blumenau. Eles sempre falaram que o público de Blumenau recebe muito bem o ‘Abras’ e a banda sempre gostou muito de vir pra cá por conta disso. E poder tocar com o ‘Abras’ na minha cidade é muito massa, né? Tô muito ansioso por esse dia”, disse Felipinho.

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